Revisão do Plano Nacional de Política sobre Drogas pode colocar o país na vanguarda do uso medicinal de psicoativos, promissores no tratamento da dor e de transtornos psiquiátricos
O Brasil em direção à inovação regulatória e terapêutica
O cenário brasileiro de saúde mental está passando por uma transformação histórica. À medida que os benefícios clínicos da cannabis medicinal e das terapias psicodélicas se tornam mais evidentes, cresce a mobilização para regulamentar substâncias que até pouco tempo eram tratadas exclusivamente sob a ótica da repressão. Em 2025, o país já ultrapassa a marca de 121 mil pacientes em uso terapêutico de psicoativos antes criminalizados, como psilocibina, DMT, MDMA, LSD e cannabis.
Essa realidade está impulsionando a revisão do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (PLANAD), com forte participação social e científica. O movimento busca alinhar o Brasil a modelos internacionais já consolidados, como os do Canadá, Alemanha, Israel e Uruguai, onde o uso medicinal dessas substâncias já integra estratégias nacionais de saúde pública.
Avanços concretos e mudanças institucionais
Nos últimos anos, surgiram no país clínicas com autorização especial para pesquisa com psicodélicos e a criação de centros públicos voltados à cannabis medicinal. O STJ também abriu precedente importante ao permitir o cultivo e a comercialização por pessoas jurídicas para fins medicinais. Além disso, universidades federais como a de Viçosa e a Rural do Rio de Janeiro passaram a atuar diretamente na produção e certificação de produtos canábicos.
Essas mudanças não apenas fortalecem o campo científico e médico, como também criam terreno fértil para investimentos em pesquisa, inovação e desenvolvimento farmacêutico.
A Biocase e o investimento pioneiro em terapias psicodélicas
Na vanguarda desse movimento, a Biocase Brasil é um exemplo concreto do potencial transformador das terapias psicodélicas no Brasil. Em apenas quatro anos, a empresa já investiu R$ 8 milhões em pesquisa aplicada, unindo recursos próprios e apoios da Fapesp e da Finep. O foco? Desenvolver tratamentos inovadores baseados em psilocibina e cetamina intranasal, com alto potencial terapêutico em casos graves de depressão, traumas e outras condições psiquiátricas refratárias.
Em 2022, a Biocase firmou uma parceria estratégica com a Universidade de Campina Grande (PB) para isolar os compostos psilocibina e psilocina com vistas à proteção de patente e futura comercialização internacional. A iniciativa envolveu inclusive a importação de 18 kg de cogumelos, usados como base para o desenvolvimento farmacológico. O objetivo da empresa é claro: liderar a revolução psicodélica com responsabilidade científica e foco em resultados clínicos significativos.
Segundo o sócio Cesar Camara:
“Desistimos da cannabis e escolhemos a psilocibina e a cetamina intranasal porque queremos fazer diferença no tratamento de doenças graves e de difícil controle. O impacto dessas terapias na saúde pública será incomparável.”
Oportunidade para investidores
A crescente aceitação social, o apoio institucional e a abertura regulatória criam um ambiente propício para investimentos com alto impacto social, retorno sustentável e alinhamento com tendências globais de saúde mental. A Biocase Group se posiciona como um hub de inovação, formação e pesquisa, com atuação integrada entre ciência, ética e transformação social.